quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Curiosity descobre que solo de MARTE É RICO EM ÁGUA

Futuro exploradores de Marte serão capazes de obter toda a água que necessitam a partir da terra vermelha debaixo de seus pés.


A sonda Curiosity, da NASA, descobriu que 2% do solo  do planeta vermelho é feito de água. Isso significa que astronautas poderão extrair cerca de 1 litro de água de cada 0,03 metros cúbicos, segundo a autora do estudo Laurie Leshin, do Instituto Politécnico Rensselaer, em Nova York, EUA.

“Um dos principais resultados da primeira amostra capturada pelo Curiosity é a alta porcentagem de água no solo”, disse Leshin.


Absorvendo água atmosférica

O Curiosity pousou na enorme cratera Gale em agosto de 2012, dando início a uma missão superficial de dois anos para determinar se o planeta vermelho poderia ter suportado a vida microbiana no passado. Ele atingiu esse objetivo, em março, quando descobriu que um local próximo ao seu local de pouso chamado Yellowknife Bay era realmente habitável ​​há bilhões de anos.

Mas o robô já havia trabalhado bastante antes de chegar em Yellowknife Bay. Leshin e seus colegas analisaram os resultados das primeiras análises do solo de Marte, que o rover de 1 tonelada capturou de um local arenoso chamado Rocknest em novembro de 2012.

Utilizando o instrumento chamado SAM, o Curiosity aqueceu esse pó a uma temperatura de 835 graus Celsius e, em seguida, identificou os gases que evaporam. O SAM registrou uma quantidade significativa de dióxido de carbono, oxigênio e compostos de enxofre – e muita água.

O SAM também determinou que a água do solo é rica em deutério, um isótopo “pesado” de hidrogênio que contém um nêutron e um próton (em oposição aos átomos “normais” de hidrogênio, que não têm nêutrons). A água no ar de Marte ostenta uma proporção de deutério similar, Leshin disse.

“Isso nos diz que o solo está agindo como uma esponja, absorvendo a água da atmosfera”, disse ela.


Uma má notícia para a exploração tripulada

O SAM detectou alguns compostos orgânicos na amostra de Rocknes, substâncias químicas que são os blocos de construção da vida aqui na Terra. Mas como os cientistas da missão informaram no ano passado, estes compostos orgânicos são clorados simples, que provavelmente não têm nada a ver com a vida marciana.

Em vez disso, Leshin disse, eles provavelmente foram produzidos quando orgânicos pegaram uma carona da Terra e reagiram com átomos de cloro liberados por um produto químico tóxico na amostra chamado perclorato.

A presença de perclorato é um desafio que os arquitetos de futuras missões tripuladas a Marte terão que superar.

“O perclorato não é bom para as pessoas. Temos de descobrir como os seres humanos que entrarão em contato com o solo irão lidar com isso”, disse Leshin. 


Fonte: Space


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