quarta-feira, 30 de novembro de 2011

31ª ESCOLA DE VERÃO DA SOCIEDADE TEOSÓFICA NO BRASIL

Tema: A Voz do Silêncio


25 a 29 de janeiro de 2012

Hotel Pousada Pedra Azul
Domingos Martins – Espírito Santo


Reunião do Conselho Nacional da Sociedade Teosófica no Brasil
24 de janeiro de 2012



PROGRAMAÇÃO



24.01.2012 – terça-feira – Chegada dos participantes



25.01.2012 – quarta-feira

09.30 h.– Abertura da Escola de Verão
10.00 h.– A Voz do Silêncio – Visão Panorâmica
– Francisco Araújo
11.00 h.– Coffe break
11.15 h.– Perguntas e respostas
12.30 h.– Almoço
15.30 h.– Histórico de como o livro foi escrito, relação do livro com
o Budismo Tibetano, Treinamento de HPB no Tibet.
- Isis Resende
16.30 h.– Coffe break
16.45 h.– Reunião dos grupos
19.00 h.– Jantar
20.30 h.– Atividade cultural


26.01.2012 – quinta-feira

06.00 h. – Yoga
07.00 h. – Meditação coletiva
08.00 h.– Café da manhã
10.00 h.– A Voz do Silêncio – Senda Probacionária – Fragmento I
– Ricardo Lindemann
11.00 h.– Coffe break
11.15 h.– Perguntas e respostas
12.30 h.– Almoço
15.30 h.– Painel
– Rudinei Marques (1 a 32), Marcus Flávius de Los Santos (33 a 57)
e Otávio Marchesini (58 a 100)
16.30 h.– Coffe break
16.45 h.– Reunião dos grupos
19.00 h.– Jantar
20.30 h.– Atividade cultural


27.01.2012 – sexta-feira

06.00 h. – Yoga
07.00 h. – Meditação coletiva
08.00 h.– Café da manhã
10.00 h.– A Voz do Silêncio – As Duas Sendas
– Raul Branco
11.00 h.– Coffe break
11.15 h.– Perguntas e respostas
12.30 h.– Almoço
15.30 h.– Painel
– Sonja Zoch (101 a 130), Alexandre Rozenwald (131 a 158)
e Marco Aurélio Bilibio (159 a 195)
16.30 h.– Coffe break
16.45 h.– Reunião dos grupos
19.00 h.– Jantar
20.00 h.– Atividade cultural


28.01.2012 – sábado

06.00 h. – Yoga
07.00 h. – Meditação coletiva
08.00 h.– Café da manhã
10.00 h.– A Voz do Silêncio – Os Sete Portais
– Isis Resende
11.00 h.– Coffe break
11.15 h.– Perguntas e respostas
12.30 h.– Almoço
15.30 h.– Painel
– Alaya Brum (196 a 230), Edimar Silva (231 a 268) e
Eduardo Weaver (269 a 316)
16.30 h.– Coffe break
16.45 h.– Reunião dos grupos
19.00 h.– Jantar
20.30 h.– Atividade cultural


29.01.2012 – domingo

06.00 h. – Yoga
07.00 h. – Meditação coletiva
08.00 h. – Café da manhã
10.00 h. – A Voz do Silêncio – Conclusão
– Marcos Resende
11.00 h. – Coffe break
11.15 h. – Encerramento da Escola de Verão.


LIVRO SUGERIDO


“A VOZ DO SILÊNCIO”, de Helena Petrovna Blavatsky. Lançamento da Editora Teosófica – Tradução de Fernando Pessoa.


OBRAS CORRELATAS

"OCULTISMO PRÁTICO", de Helena Petrovna Blavatsky – Editora Teosófica
"LUZ NO CAMINHO", de Mabel Colins – Editora Teosófica
"AOS PÉS DO MESTRE", de J. Krishnamurti – Editora Teosófica


DIÁRIAS COM PERNOITE, POR PESSOA, INCLUINDO 3 REFEIÇÕES VEGETARIANAS


Hotel / Apto.Quádruplo / Apto.Triplo / Apto.Duplo / Apto.Individual

PEDRA AZUL / 160,00 / 175,00 / 190,00 / 300,00 

TREE FIORI --- / 175,00 / 190,00 / 300,00

RECANTO DA PEDRA / 165,00 / 185,00 / 200,00 / 310,00

RABO DE LAGARTO / --- / --- / 215,00 / 325,00

ESTALAGEM PETRA /120,00 / 140,00 / 150,00 / 220,00



Observações – Todas as atividades da Escola de Verão, incluindo as refeições, serão realizadas no Hotel Pousada Pedra Azul, que dispõe de 35 apartamentos. Os hotéis Tre Fiori e Recando da Pedra encontram-se bem próximos. Os hotéis Rabo de Lagarto (o mais sofisticado) e Estalagem Petra (o mais simples) ficam um pouco mais afastados. Haverá transporte permanente entre os hotéis para os participantes da Escola de Verão.


Crianças de 0 a 7 anos não pagam; crianças de 8 a 14 anos terão desconto de 50% no preço da diária. As crianças devem compartilhar quarto com adulto.


TAXA DE INSCRIÇÃO

R$ 25,00 por dia
R$ 75,00 para todo o período


REFEIÇÕES AVULSAS

R$ 25,00


AVISOS


- A hospedagem nas condições e preços acima são limitadas.

- As inscrições serão priorizadas conforme a data do comprovante de depósito, sendo que as vagas para apartamentos quádruplos e triplos serão preenchidas por ordem de inscrição, conforme a disponibilidade destes apartamentos em cada hotel.

- Todas as refeições incluídas na diária serão ovo-lacto-vegetarianas.


PAGAMENTO


O pagamento poderá ser feito mediante depósito bancário em favor da Sociedade Teosófica no Brasil ou através de cartão de crédito:

1) Banco do Brasil, agência 0452-9, conta corrente no. 403.220-9, da praça de Brasília, CNPJ no.62.924.600/0001-01;

2) Cartões: Visa, Mastercard, American Express ou Dinners, todos em até três parcelas.


INSCRIÇÃO


A inscrição antecipada será feita mediante o envio do comprovante de depósito do custo da hospedagem mais a taxa de inscrição, acompanhada da ficha de inscrição ao lado, devidamente preenchida, para o endereço da Sociedade Teosófica no Brasil (SGAS, Quadra 603, Conj. E, s/n, CEP 70.200-630, Brasilia, DF, pelo correio, ou pelo fax (61) 3226.3703, ou pelo e-mail secretaria@sociedadeteosofica.org.br


Informações e Reservas em Brasília: Sane Silva – (61) 3226.0662, 3226.1036 e 9145.1371 – e-mail: secretaria@sociedadeteosofica.org.br




COMO CHEGAR


Haverá transporte do aeroporto de Vitória ao Hotel Pousada Pedra Azul, em Domingos Martins, ao preço médio de R$ 160,00, incluindo ida e volta, por pessoa, para grupos de, no mínimo, cinco pessoas. Os grupos serão formados de acordo com o horário de chegada e partida dos vôos, pela secretaria da Sociedade Teosófica.


Alguns Meios Práticos Para Vencer a Corrupção

Maurício Andrés Ribeiro

O ser humano integra o mundo natural e compartilha uma base biológica comum com as demais espécies. Guardadas as devidas diferenças entre o mundo natural e o mundo dos humanos, uma abordagem ecológica do tema da corrupção pode iluminar alguns de seus fundamentos biológicos e ajudar a lidar com ela.

Relações ecológicas variam da parceria e cooperação ao antagonismo e competição. Assim, a simbiose e o comensalismo são relações em que os organismos atuam em conjunto para proveito mútuo; são desarmônicas interações como a antibiose (princípio usado nos antibióticos, que matam ou inibem certos organismos vivos), a predação, o canibalismo, o vampirismo, o esclavagismo, o parasitismo.


Na natureza, um parasita suga um animal ou vegetal e dele tira seu sustento. Em alguns casos, leva o hospedeiro à morte. Os predadores se multiplicam quando há muito do que se alimentar, mas quando escasseia a comida, eles podem, no limite, ser extintos. Hospedeiros precisam experimentar mutações para ter um organismo geneticamente mais adaptado para sobreviver na guerra com os invasores. Flávio de Carvalho Serpa observa que “Sobrevive o mais adaptado. A natureza não distingue entre o bem e o mal. A humanidade é a única que tem a ética e honestidade como fator seletivo, o que é bom...”.

O parasita social suga a sociedade na qual se hospeda, a explora e vive à sua custa; se beneficia dela e a enfraquece quando extrai e se apropria de seus recursos somente em proveito próprio. Dependendo da percepção ou da ideologia de quem os define, já foram apontados como parasitas sociais os indivíduos que vivem à custa alheia, os capitalistas, os burgueses, os senhorios, os que vivem da previdência social. Nos governos, alguns vêem como parasitas os servidores públicos que não trabalham; que defendem seus interesses e privilégios corporativos acima do interesse público mais amplo.O avanço civilizatório traz maior eficiência no controle dos predadores aproveitadores, que aparecem e se multiplicam quando há oportunidade.

A corrupção pode ser vista como uma forma extrema de parasitismo social, combinado com a predação. Corruptores e corrompidos colaboram entre si como os parasitas/predadores; o hospedeiro/presa do qual se alimentam é a sociedade. O corruptor e o corrompido se apropriam de recursos coletivos. Atuam como sanguessugas, que causam sangria nos cofres públicos. Corruptores e corrompidos são muitas vezes hábeis e tentam se esconder para não serem descobertos; se disfarçam, camuflam, enganam, dissimulam e aplicam estratagemas e táticas de ação engenhosas e às vezes criativas.

Nas sociedades humanas, entre as condições que facilitam a corrupção, relacionam-se a impunidade e a inexistência de riscos; as debilidades institucionais, tais como o mau funcionamento dos poderes judiciário, legislativo e executivo; o loteamento partidário da administração pública, sem a contrapartida da probidade e competência técnica; o sistema eleitoral corrupto, as oligarquias aproveitadoras, as empresas corruptoras, o hábito da transgressão das regras, normas e leis como atributo de espertos; a autocomplacência individual ou grupal. A falta de proteção policial, de consequência jurídica e a prostração e o conformismo social estimulam o aumento da atividade de parasitas e predadores.

Num quadro mais amplo, Jared Diamond, em seu livro Armas, Germes e Aço, dedica um capítulo à análise da evolução do igualitarismo às cleptocracias modernas, que surgiram depois dos bandos, das tribos, dos principados e sultanatos. Diz ele que “A diferença entre um cleptocrata e um estadista sábio, entre um barão ladrão e um benfeitor público é meramente de grau.” Depende de qual a porcentagem dos impostos coletados é retida pela elite e quanto dos impostos é destinado aos bens comuns e usos públicos. Ele constata que as grandes sociedades precisam ser centralizadas,“Mas a centralização do poder inevitavelmente abre a porta - para aqueles que detêm o poder, a informação, tomam as decisões e redistribuem os bens - para explorar as oportunidades resultantes de se premiarem e a seus parentes”. Em cleptocracias, parasitas se incrustam em nichos do estado, nos quais se locupletam e usufruem de direitos, vantagens e benefícios pessoais.

Há também quem associe a corrupção à era ‘Kali Yuga’, a idade do ferro do ciclo hindu. Nesta era, há poluição, gratificação dos sentidos, matança de animais, destruição da natureza, com grupos, quadrilhas, gangues, máfias, empresas, companhias disputando e competindo pela riqueza material coletiva.

Se parasitismo e predação são relações naturais, também são naturais as estratégias de defesa dos organismos contra predadores e parasitas.

Nesse contexto, cabe perguntar:

1)Como descobrir a ocorrência de um processo inicial de parasitismo ou predação social?

2)Em que medida são aplicáveis aos casos de corrupção, no mundo dos humanos, as estratégias dos hospedeiros para sobreviverem a parasitas, e das presas, para escaparem de seus predadores?

3)Como dificultar a vida dos parasitas e predadores? Como facilitar a vida dos hospedeiros/presas?

4)É possível prevenir ou combater a corrupção com a aplicação de princípios e de estratégias de sobrevivência ecológicos?

Se o predador e o parasita desenvolvem formas astuciosas de agir, também as presas e os hospedeiros concebem maneiras criativas de se livrar dos ataques e se proteger. A evolução civilizatória dificulta a sobrevivência dos aproveitadores. Para se prevenir a corrupção é eficaz desenvolver a consciência coletiva sobre as consequências e os ônus de uma relação corrupta. Transparência e informação clara e circulante à luz do dia ajudam na prevenção de relações de parasitismo ou de predação social.

A possibilidade de se estruturar uma sociedade menos corrupta depende de ações de fortalecimento social ( o hospedeiro/presa) e de enfraquecimento dos corruptores e corrompidos (os parasitas/predadores)

1)Ações e atitudes do hospedeiro/presa:


Estar vigilante e atento; ter imaginação, sagacidade, astúcia. ( Um exemplo para tentar neutralizar ataques cibernéticos é a contratação de hackers por serviços de inteligência.) Ter vontade e coragem para enfrentar resistências. Detectar preventivamente e corrigir situações de corrupção conhecidas. Manter informação livre (imprensa); conceber e colocar em prática estratégias - sociais, políticas, culturais - para escapar do parasita. Exercitar a indignação conseqüente. Adotar controle social externo e interno com hierarquias claras, gestão participativa e transparente, critérios de avaliação; reduzir a autocomplacência; reduzir, por meio de gestão bem feita, as frestas por onde se infiltram oportunistas e parasitas. Fortalecer a defesa imunológica contra vírus e espécies invasoras. Manter sistemas eficazes de fiscalização e auditoria, internos e externos, com padrão ético. Criar fatores de repulsão aos ataques dos parasitas, como, por exemplo, na natureza, o mau cheiro; por meio de tolerância zero, aplicar ao corpo do hospedeiro repelentes que afugentem os potenciais parasitas; fortalecer as defesas imunológicas do hospedeiro.

2)No parasita/predador:

Descobrir os liames e romper o conluio e a cooperação entre corruptores e corruptos; adotar a delação premiada, que funciona como um antibiótico ao romper a relação simbiótica corruptor-corrompido; promover a cizânia entre corruptos, com tratamento igual para todos os que forem descobertos; encontrar e fortalecer os predadores dos corruptos; fazer limpeza e saneamento, punir e demitir servidores corrompidos, sabendo que não basta extirpar, porque o parasita retorna quando se mantêm as condições ambientais favoráveis; eliminar as condições para que voltem, melhorando controles administrativos e transparência; evitar que novos parasitas venham a ocupar o nicho institucional dos anteriores. Esclarecer e desativar mecanismos de louvação e elogio da esperteza corrupta e a simpatia para com as ilegalidades; Quando descoberto o parasitismo da corrupção, aplicar punição exemplar; reduzir suas fontes de alimentos: bloquear contas bancárias, obrigar ao ressarcimento dos recursos públicos, punir os aproveitadores corruptores.

Maurício Andrés Ribeiro é autor de “Ecologizar” e de “Tesouros da Índia”. Contatos: mandrib@uol.com.br . Visite o website www.ecologizar.com.br .



"Ouro de tolo" e a nova geração de células solares

Apesar de sua semelhança com o ouro, a pirita não passa
 de um sulfeto de ferro. Mas ela está abrindo o caminho
para uma nova geração de células solares.
[Imagem: Oregon State University]
Ouro dos sábios

A pirita é conhecida como "ouro de tolo" por muito boas razões - apesar de parecer ouro, ela não passa de um sulfeto de ferro.

Mas agora os não tão ingênuos "garimpeiros de novos materiais" podem ser os últimos a dar suas risadas, sobretudo porque eles estão interessados em uma riqueza renovável.

E a pirita pode ser a fonte para uma nova geração de células solares, muito mais baratas de se fabricar.

As células solares hoje são caras porque são difíceis de fabricar e usam matérias-primas caras. Já a pirita é barata e ambientalmente benigna.

Pirita grau solar

A pirita tem uma capacidade enorme para absorver energia solar, além de poder ser fabricada em películas 2.000 vezes mais finas do que as películas de silício.

No entanto, ela não converte a energia que absorve em eletricidade.

"Nós sabemos há muito tempo que a pirita tem propriedades interessantes para a energia solar, mas acontece que, na prática, ela não funciona. E nós sabemos realmente por que," conta Douglas Keszler, da Universidade do Estado de Oregon, nos Estados Unidos.

Ou, pelo menos, não sabiam.

Keszler e seus colegas acabam de descobrir que isso acontece porque o calor gerado pela grande absorção de energia solar faz com que a pirita comece a se degradar, formando compostos que impedem a geração da eletricidade.

Quase de graça

Também enganados pelo ouro de tolo, os cientistas então começaram a garimpar materiais que imitem a pirita - se possível, com suas vantagens e sem suas desvantagens.

Eles descobriram que o sulfeto de ferro-silício (Fe2SiS4) é o candidato ideal.

"O ferro é um dos elementos mais baratos para se extrair, o silício é o segundo, e o enxofre é virtualmente grátis," entusiasma-se o pesquisador. "Esses compostos são estáveis, seguros e não se decompõem. Não há nada aqui que possa acabar com a festa da criação de uma nova classe de materiais para células solares".

A pesquisa ainda não está finalizada, e os cientistas afirmam que poderão encontrar compostos similares - o germânio é uma das opções, uma vez que ele pode entrar no composto em substituição ao silício, criando um Fe2GeS4.

Agora a tarefa está a cargo da engenharia, que deverá construir as primeiras células solares com o novo material e confirmar se ele justifica todo o entusiasmo inicial - ou se não se transformará em uma pirita dos tolos.



terça-feira, 29 de novembro de 2011

FA-PAX 46 - A Espiritualidade no filme K-Pax

Vídeo bacana de comentários do pessoal do site viagemastral.com. Quem não viu o filme, depois de ver este vídeo, vai sair correndo para assistir. Muito bacana o trabalho feito pelo pessoal. Parabéns.



Estudante processa Facebook

O estudante de direito em Viena, Max Schrems, iniciou um processo contra o Facebook, a maior rede social do mundo criada por Mark Zuckerberg. 

Após muitas dificuldades, o estudante de direito conseguiu um CD com toda a informação coletada durante os três anos em que fez parte desta rede. Quando impresso, o conteúdo do CD formava uma pilha de 1.200 páginas. Todo o material - histórico de chats, cutucadas, pedidos de amizade, posição religiosa, etc. - era classificado em 57 categorias que possibilitam facilmente a mineração de dados, descobrindo qualquer informação que se deseja; seja da vida pessoal, profissional, religiosa ou política. 

Além desse material, mesmo as mensagens, fotos e outros arquivos que ele havia deletado continuavam armazenados nos servidores do Facebook. Quando questionado sobre isto, o Facebook afirmou que apenas "removia da página" e não "deletava". Isso significa que, quando uma informação é publicada no Facebook, ela jamais é excluída. 

Após descobrir que o Facebook possui servidores na Irlanda, entre agosto e setembro de 2011, Schrems abriu 22 queixas contra a rede social no Irish Data Protection Commissioner, um órgão deste país. Para acompanhar o caso, o estudante de direito criou o site "Europe versus Facebook"[http://europe-v-facebook.org/EN/en.html].




Vídeo para Acordar - Wake Up!

Não assista a este filme se você se baseia num sistema de crenças rígido, que lhe dá significado à vida e uma falsa sensação de segurança. 

A informação apresentada neste filme é capaz de revolucionar sua vida, mas deve ser recebida com a mente aberta. A não ser que você esteja disposto(a) a pôr temporariamente tudo o que pensa ser verdade de lado e se abrir para a possibilidade de que talvez tenha sido enganado(a) toda a sua vida, este filme não é para você.



NÃO a Divisão do Pará!


É como diria RUI BARBOSA: De tanto ver TRIUNFAR as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.



segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Animal Estranho aparece no Ceará

Moradores da Serra de Ibiapaba no Ceará alegam que um animal muito estranho, parecido com um macaco grande surgiu na região dias após terem visto uma luz misteriosa cair do céu. Seria um animal extraterrestre? Seria uma espécie de cão de caça de raças extraterrestres que exploram o nosso planeta? Assistam o vídeo sobre o caso...
Segue:


Transcomunicação Instrumental e Ufologia

O apresentador Luiz Ricardo Geddo apresenta o programa "Fenômeno UFO", cujo tema é a Ufologia através da Transcomunicação Instrumental (TCI). O tema é tão extenso, que foram precisos dois programas.

Assista!




Tecnologia brasileira elimina poluentes industriais com energia solar

Sol e titânio

Pesquisadores da Unicamp criaram uma alternativa sustentável, viável economicamente, e altamente eficiente, para eliminar poluentes orgânicos da água.

A tecnologia usa energia solar para destruir os poluentes presentes na água, representando uma solução adequada para as áreas mais carentes não apenas do país, mas de todo o mundo.

A equipe da professora Cláudia Longo utilizou energia solar e nanopartículas de dióxido de titânio (TiO2), em uma tecnologia que está sendo patenteada para então ser desenvolvida em escala industrial para chegar ao mercado.

De acordo com a pesquisadora, os resultados obtidos nos experimentos realizados em escala laboratorial são promissores e indicam que o sistema pode ser aperfeiçoado e utilizado tanto para combater a poluição industrial quanto para dar melhores condições de vida para a população.

A tecnologia é adequada para a etapa final do tratamento de efluentes industriais, mas "também poderá ser utilizada para a purificação da água consumida por pessoas que vivem em regiões sem acesso a saneamento básico", aponta.

Energia solar contra poluentes orgânicos

Os pesquisadores desenvolveram um sistema que consiste na conexão de um eletrodo de TiO2 a células solares, resultando na combinação de duas aplicações da conversão da energia solar por meio de semicondutores.

Conforme explica Cláudia, a primeira aplicação resultante, e já bastante conhecida, é a conversão em energia elétrica. A outra se refere à purificação da água. O diferencial do trabalho é a combinação das duas, tornando o processo mais eficiente em relação às alternativas existentes.

Em relação ao tratamento de efluentes disponíveis atualmente, ela aponta algumas limitações, como custos elevados e o longo período necessário para a descontaminação.

Outro fator relevante inclui a baixa eficácia para eliminar diversos poluentes orgânicos solúveis, tais como fenol, pesticidas, corantes e medicamentos. Estes poluentes persistentes permanecem no ambiente por longos períodos, já que não são biodegradáveis.

Os testes em escala laboratorial mostraram resultados animadores em relação à eliminação justamente desse tipo de substância da água, com a degradação de 78% do fenol após três horas sob irradiação solar; após seis horas, mais de 90% do poluente foi mineralizado.

As substâncias investigadas pelo projeto incluem, além do fenol, o corante Rodamina 6G (utilizado na indústria têxtil) e os fármacos paracetamol e estradiol.

Saneamento sustentável

O sistema também tem grande potencial para desinfecção de água contaminada por bactérias.

Com a possibilidade de ampliação dos testes e aperfeiçoamento do sistema, o trabalho pode ter aplicação na etapa final do tratamento de efluentes, tendo como alvo estações de tratamento de efluentes de indústrias têxteis, de papel e celulose, petroquímicas e de agrotóxicos, por exemplo, bem como companhias de água e esgoto e estações de tratamento de efluentes em shopping centers, entre outros.

Cláudia ressalta ainda que o sistema aperfeiçoado também pode ser utilizado para purificação de água em comunidades afastadas, não atendidas pelo serviço básico de saneamento, eliminando contaminantes resistentes a tratamentos convencionais.

Outra vantagem do sistema é o fato de ser autossuficiente do ponto de vista energético, devido à utilização de radiação solar. Baixo custo e o fato de ser sustentável (não é poluente, não exige adição de insumos e não gera resíduos) completam a relação.



domingo, 27 de novembro de 2011

DIOXINA - O Veneno Escondido no Plástico


BISFENOL - Segundo pesquisa realizada na Suécia, substância encontrada nas embalagens de plástico e latas pode também levar adultos a hiperatividade.

Pesquisa na Suécia revela que ratos recém nascidos expostos ao Bisfenol A (BPA) apresentaram alterações no comportamento espontâneo e uma menor capacidade de se adaptarem a novos ambientes. Na fase adulta eles se tornaram hiperativos.

O bisfenol A é um polímero sintético utilizado na fabricação de certos plásticos e como revestimento interno de latas na forma de resina epóxi. Sua exposição já foi associada a problemas de saúde como diabetes, obesidade, infertilidade e câncer de mama e de próstata.

Ratos com dez dias de vida receberam diferentes doses de BPA e tiveram sua capacidade de adaptação avaliada ao serem transferidos para uma nova gaiola igual a anterior e observados por uma hora.

Em humanos e mamíferos o cérebro tem sua fase mais ativa de desenvolvimento em um período limitado. Em humanos o tempo de desenvolvimento principal é dos sete meses de gestação até os dois primeiros anos de vida. Em ratos o período correspondente é durante terceira ou quarta semana depois do nascimento.

Ratos normais ficam muito ativos nos primeiros 20 minutos ao explorar o novo ambiente. O ritmo cai nos próximos 20 minutos e diminui ainda mais nos últimos 20. O rato então se acalma e dorme.

“Em nossa pesquisa observamos que uma única exposição ao bisfenol A durante um curto tempo crítico do desenvolvimento do cérebro na fase pré natal causou alterações no comportamento espontâneo e uma menor adaptação a novos ambientes, além de hiperatividade entre os ratos jovens. Ao examina-los na fase adulta constatamos que essas alterações persistiram, o que indica que o dano foi permanente,” explicou Henrik Viberg, do Departamento de Biologia em Organismos.

A pesquisa foi publicada na revista científica Toxicology.
"Bisfenol A pode prejudicar o cérebro de recém nascidos"


Transístor quântico nos computadores em 2017

Os transistores quânticos Túnel-FET podem ser fabricados
com filmes semicondutores ultrafinos ou com nanofios.
[Imagem: EPFL]
Computadores quânticos

Muito antes que os computadores quânticos se tornem realidade, a mecânica quântica poderá ajudar a transformar os computadores tradicionais em supermáquinas.

Um avanço demonstrado por pesquisadores da IBM e do Instituto Politécnico Federal de Lausanne, na Suíça, promete que, em 2017, os fenômenos quânticos ajudarão a diminuir o consumo de energia dos equipamentos eletrônicos por um fator de 100.

Como o grande limitador ao aumento de velocidade dos processadores é justamente o elevado consumo de energia - e, por decorrência o calor dissipado por eles - é de se esperar um aumento equivalente na velocidade de processamento.

Há poucos dias, a IBM anunciou uma tecnologia que usa metal líquido para retirar calor dos processadores, afirmando que isso permitiria colocar um supercomputador atual dentro de um celular "em poucos anos."

Agora os pesquisadores resolveram marcar data: 2017.

Transístor quântico

O segredo está em um novo tipo de transístor, o elemento fundamental de toda a eletrônica, chamado Túnel-FET, ou TFET.

O termo túnel se refere ao fenômeno do tunelamento quântico, pelo qual uma partícula consegue atravessar uma barreira física - este fenômeno já é largamente utilizado, por exemplo, nos microscópios eletrônicos de tunelamento. FET é uma sigla em inglês para transístor de efeito de campo.

A tecnologia atual é baseada nos transistores de efeito de campo, onde um fluxo de elétrons ativa ou desativa o transístor - um fluxo de bilhões de elétrons, que esquenta tudo por onde passam.

No transístor, duas câmaras são separadas por uma barreira de energia. Na primeira, uma horda de elétrons fica esperando quando o transístor está desligado (indicando um 0 binário, por exemplo). Quando é aplicada uma tensão, eles cruzam a barreira de energia, ativando o transístor. É o que se chama de injeção termal.

Ocorre que alguns elétrons acabam cruzando essa barreira antes da hora, mesmo que aparentemente não tivessem energia para tanto. Esse é o efeito túnel, que sempre atrapalhou o funcionamento dos transistores.

Agora o problema virou solução.


Esta é uma versão de transístor quântico construído pela
 IBM usando nanofios. [Imagem: IBM Research]
Efeito túnel

Estreitando a barreira do transístor torna-se possível amplificar o efeito quântico e passar a basear o funcionamento do transístor inteiro nesse tunelamento - é a chamada injeção por tunelamento.

Com isto, a energia necessária para que os elétrons cruzem a barreira é reduzida drasticamente.

"Substituindo o princípio do transístor de efeito de campo tradicional pelo efeito túnel, pode-se reduzir a tensão dos transistores de 1 volt para 0,2 volt," afirmou o Dr. Adrian M. Ionescu, que está desenvolvendo o Túnel-FET juntamente com Heike Riel.

Híbrido clássico-quântico

Esta é, na verdade, uma abordagem híbrida, ainda um passo aquém de um verdadeiro "transístor atômico", demonstrado recentemente por pesquisadores australianos e finlandeses.

Mas justamente isto torna sua adoção mais rápida, uma vez que os processadores poderão ser construídos com FETs e Túnel-FETs convivendo no mesmo chip.

"Os protótipos atuais foram construídos em ambiente pré-industrial. Nós podemos razoavelmente esperar vê-los em produção em massa por volta de 2017," disse Ionescu.


Bibliografia:

Tunnel field-effect transistors as energy-efficient electronic switches
Adrian M. Ionescu, Heike Riel
Nature
November 2011
Vol.: 479, Pages: 329-337
DOI: 10.1038/nature10679




Nova referência maia ao 'fim do mundo' em 2012?

Arqueólogos mexicanos descobriram a segunda referência ao "fim do mundo" que teria sido previsto pelos maias e que ocorreria em 2012. Até agora, especialistas afirmavam que havia apenas um achado que mostrava o fim do calendário do povo antigo. As informações são da agência AP.

Em um comunicado, o Instituto Nacional de Arqueologia do México anuncia um debate sobre o assunto e admite existir uma segunda referência ao fim do calendário, um tijolo descoberto no templo de Comalcalco. O achado, afirma Arturo Mendez, representante do instituto, foi descoberto há alguns anos e foi submetido a um estudo completo, mas está guardado e não é exibido ao público.

Contudo, entre os cientistas, há dúvida se o objeto realmente tem relação com o "fim do mundo" maia. "Alguns propuseram que é outra referência a 2012, mas eu não estou nem um pouco convencido", diz à agência David Stuart, especialista em epigrafia maia da Universidade do Texas.

A data no texto descoberto bateria com o fim do 13º Baktun - ciclo maia que se encerraria em 21 de dezembro de 2012. Contudo, Stuart diz que pode corresponder apenas a alguma data similar no passado. "Não há razão para não achar que possa também ser uma data antiga, descrevendo algum evento histórico importante no período Clássico. Na verdade, o terceiro glifo no tijolo aparentemente deve ser lido como o verbo 'huli', 'ele/ela chega'", diz o pesquisador.

"Não há verbo no futuro (ao contrário da inscrição de Tortuguero - a primeira descoberta), o que, do meu ponto de vista, coloca a data de Comalcalco mais como uma referência histórica do que profética", afirma o cientista.

Ambas as inscrições - Tortuguero e o tijolo de Comalcalco - teriam sido criadas aproximadamente há 1,3 mil anos atrás. A primeira descreve algo relacionado ao deus Bolon Yokte (associado à guerra e à criação) em 2012, mas erosão e um rachado na pedra impedem a leitura do final da passagem, mas alguns cientistas acreditam que diga "ele irá descer dos céus". Ainda de acordo com a agência, no texto de Comalcalco os símbolos estariam invertidos ou cobertos com estuque, o que indicaria - por quem o escreveu - que eles não devem ser vistos.

O instituto mexicano afirma que a ideia de fim do mundo em 2012 é apenas uma interpretação mal feita do calendário maia. Segundo os arqueólogos mexicanos, o tempo para o povo antigo era divido em longos ciclos e o texto de Tortuguero apenas indica o fim de uma era e o começo de outra.

Fonte: www.jb.com.br


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

OVNI sobre Chichen-Itzá, México

Carlos Clemente apresenta as imagens OVNI de Antonio Cisneros, o qual pode gravar diferentes objetos em suas frequentes viagens ao México.

Alimentação Natural e Vegetariana

Sidnei Carvalho e José Carlos Zanarotti falam sobre radiestesia, alimentação natural, psoríase e alimentação vegetariana.





terça-feira, 22 de novembro de 2011

O falso sentimento do Ego

Vamos hoje falar um pouco sobre o “sentimento de si mesmo”. Vale a pena refletirmos sobre esta questão do sentimento de si mesmo. Convém entendermos a fundo a questão do “falso sentimento do Eu”. Todos temos sempre, no fundo de nosso coração, o sentimento de nós mesmos. Mas convém saber se esse sentimento é correto ou equivocado. É necessário, portanto, entender o que é este “sentimento do Eu”.

Antes de qualquer coisa, urge entender que as pessoas estariam dispostas a abandonar tudo, o álcool, o cinema, o fumo, as farras etc., menos seus próprios sofrimentos. As pessoas adoram suas próprias dores, seus sofrimentos. Desapegar-se-iam mais facilmente de alguma alegria que de seus próprios sofrimentos. Entretanto, o que parece paradoxal é que todos se pronunciam contra esses mesmíssimos sofrimentos e se queixam de suas dores, mas quando se trata de abandoná-los, de modo algum estão dispostos a tal renúncia.

Certamente, temos uma série de “fotografias vivas” de nós mesmos, fotografias de quando tínhamos 18 anos, de quando éramos meninos, de quando éramos homens de 21 anos, 28 ou 30 etc. A cada uma dessas fotografias psicológicas corresponde uma série de sofrimentos, isto é evidente, e mos deleitamos ao examinar tais fotografias, nos deleitamos ao narrar aos outros os sofrimentos de cada idade, as fases dolorosas pelas quais passamos etc. Tem um sabor bastante exótico, ou boêmio poderíamos dizer, contar aos outros nossas dores: quando lhes dizemos que somos pessoas experientes, ao lhes contarmos nossas aventuras de criança, a forma como tivemos de trabalhar para ganhar o pão de cada dia, a época mais dolorosa da existência quando andávamos por aí buscando os centavos para sobreviver – quantas dores, quantos sofrimentos! – com tudo isso gozamos e nos deleitamos.

Ao fazermos esse tipo de narrativa, parecemos realmente boêmios entusiasmados. Num caso como esse, em vez de nos deleitarmos com a bebida ou o cigarro, deleitamo-nos com a história, com a “novela”, com o que nos aconteceu, o que dissemos, o que nos disseram, com a forma como o vivemos etc. É um tipo de boemia bastante exótico, que nos agrada. De modo algum parecemos dispostos a abandonar nossos próprios sofrimentos – eles são o narcótico de que todos gostam, o deleite que agrada a todos. Quanto mais acidentada uma vida, mais exóticos nos sentimos, mais boêmios com nossas dores; e isso é sem dúvida um absurdo.

Mas observem que a cada situação corresponde um sentimento: um sentimento do Eu, do Mim Mesmo. Sentimos que somos, sentimo-nos existir. Neste momento vocês estão reunidos aqui para me escutar, e eu estou lhes falando; vocês sentem que estão sentindo, têm aqui no coração o sentimento de si mesmos. E estão certos de que esse sentimento é correto? É possivel que tenham certeza disso. Será esse sentimento que têm neste momento o sentimento de existir, o sentimento de ser e de estar vivo, será um verdadeiro ou um falso sentimento?

Convém refletirmos um pouco sobre essas questões. Quando andávamos por aí, talvez pelos bares, ou pelos “cabarés”, tínhamos Sentimentos? Sim, é óbvio que os tínhamos. E esses sentimentos seriam os corretos? A cada idade corresponde um Sentimento, pois um é o sentimento de quando se tem 18 anos, outro o que se tem aos 25, outro é o sentimento dos 30 e outro o dos 35. Um ancião de 80 anos terá também indubitavelmente seu próprio sentimento. Qual deles será o verdadeiro? É uma tremenda questão essa do sentimento de nós mesmos. O fato é que a pessoa sente que está sentindo, sente que existe, sente que vive, sente que é, sente que sente, tem coração e sente, e diz: “Eu”, “Eu” e “Eu”. Mas os “Eus” são muitos e, então, qual dos “sentimentos” será o exato? Reflitam um pouco sobre essa questão. Pensem! Vale a pena tratar de compreender esta questão.

Se alguém desintegra um Eu qualquer, por exemplo, o ressentimento contra alguém, está convicto de havê-lo desintegrado. Porém, se o mesmíssimo Sentimento continua a existir, há uma falha no trabalho – isso simplesmente nos indica que o tal Eu que acreditávamos ter sido desintegrado não o foi, visto que o Sentimento que lhe corresponde persiste.

Se perdoamos a alguém, e mais ainda, se cancelamos a dor que essa pessoa nos causou, mas continuamos a ter igual sentimento, isso nos indica que não cancelamos, portanto, a ofensa, ou a má lembrança ou má ação que esse alguém nos causou. O Eu do ressentimento continua vivo.

Estamos tocando num ponto muito delicado, já que participamos todos do Trabalho de Si Mesmo e Sobre Si Mesmo. Quantas vezes acreditamos, por exemplo, ter desintegrado um “Eu da Vingança”? Mas aquele Eu que tínhamos continua sob a forma de sentimento. Isso nos mostra que, portanto, não conseguimos desintegrar tal Eu, e isto é evidente. De modo que, portanto, existem em nós tantos sentimentos quantos são os agregados psíquicos ou Eus que temos em nosso interior. Se temos 10 mil agregados psíquicos, indubitavelmente teremos 10 mil sentimentos de nós mesmos. Cada Eu tem seu próprio sentimento.

Assim, pois, há uma pauta a seguir em nosso Trabalho sobre nós mesmos e esta é a questão do sentimento. Intelectualmente podemos ter aniquilado o Eu do Egoísmo, mas continuará existindo em nós o sentimento do Egoísmo, esse sentimento do primeiro Eu, do segundo e do terceiro Eu? Sejamos sinceros com nós mesmos: se tal sentimento continua existindo, é porque o Eu do Egoísmo ainda existe.

Assim, hoje os convidei a compreender esta questão do Sentimento. Dá muito trabalho fazer com que as pessoas se decidam a compreender a necessidade de desintegrar o Ego, mas ainda mais trabalhoso é compreenderem o que é o Sentimento. É algo tão fino, tão sutil… De qualquer modo, neste Trabalho sobre nós mesmos, meus queridos irmãos, há três linhas que precisamos entender:

Primeiro: O Trabalho sobre Nós Mesmos, com o propósito de desintegrar os agregados psíquicos que levamos em nosso interior, viva personificação de nossos erros.

Segundo: O Trabalho com as outras pessoas – precisamos aprender a nos relacionarmos com os outros, e

Terceiro: O Amor ao Trabalho, o Trabalho pelo próprio Trabalho.

São as três linhas a seguir. Se, por exemplo, alguém diz e acredita que está trabalhando sobre Si Mesmo, mas não se verifica nenhuma mudança na pessoa, se o Sentimento Equivocado do Eu continua, se sua relação com os outros ainda é a mesma, está demonstrado que esta pessoa não mudou, e, se não mudou, não está trabalhando sobre si mesma corretamente, e isso é óbvio.

Precisamos mudar, mas se após certo tempo de trabalho o Sentimento do Eu continua o mesmo, se o modo de proceder com as pessoas é o mesmo, poderíamos acaso afirmar que mudamos? Na verdade não! E a finalidade destes estudos consiste em mudar. A mudança deve ser radical, porque até mesmo a própria identidade tem de se perder para nós mesmos. Um dia, por exemplo, Arce irá procurar Arce, mas Arce já não existe, ter-se-á perdido para si mesmo, e isso é claro. Um dia Uzcátegui dirá: “Que foi feito de Uzcátegui?” Já não existe, terá desaparecido para Uzcátegui. Assim, na realidade, até a mesmíssima identidade tem de se perder para nós mesmos. Temos de nos tornar absolutamente diferentes.

Conheço aqui mesmo, entre os irmãos – sei de alguns, cujo nome não menciono – alguns que estudam comigo há anos e anos, vejo-os sempre na mesma, não mudaram, têm o mesmo comportamento, cometem os mesmos erros – exatamente os mesmos erros cometidos há 20 anos. Nada indica ou acusa qualquer mudança, não há nada novo neles. Como são hoje? Como eram há 20 anos, ou há 10 ou 50 anos. Mudança, nenhuma!!!

Então, o que essas pessoas estão fazendo? O que fazem aqui? Estão perdendo o tempo miseravelmente, não é verdade? Porque o objetivo de nossos estudos é mudar psicologicamente, converter-nos em seres diferentes; mas se continuamos os mesmos, se Fulano de Tal é o mesmo que era há 10 anos, então não mudou nem está fazendo nada, está perdendo seu tempo, isso é óbvio. Convido todos vocês a essa reflexão. Querem ou não querem mudar? Se continuam sendo sempre os mesmos, então, o que estão fazendo? Com que objetivo estão aqui reunidos na Terceira Câmara? Para quê? Precisamos refletir melhor. Uma orientação a seguir é esta questão do sentimento do Eu. O sentimento do Eu é sempre equivocado, nunca é correto. Devemos distinguir entre o Sentimento do Eu e o Sentimento do Ser.

“O Ser é o Ser, e a razão se ser do Ser é o próprio Ser .” O Sentimento do Ser é sempre correto, mas o sentimento do Eu é um sentimento equivocado, é um sentimento falso! Por que os irmãos se deleitam com suas fotografias psicológicas de 20, 30 ou 50 anos atrás? Que se passa com vocês?

Cada fotografia psicológica é acompanhada de um sentimento diferente. O sentimento do jovem de 18 anos que se embebeda, o do rapaz de 20 anos que anda com a noiva ou pelo caminho pervertido etc., qual desses será o correto? O que tínhamos como rapazes de 18 anos ou o que temos hoje, na idade de 50 ou 60 anos? Qual será o verdadeiro?

Nenhum desses sentimentos é verdadeiro, nenhum deles é correto. Todos são falsos. É falso quando alguém se sente um homem de 18 anos com o mundo diante de si e a quem as namoradinhas sorriem. É falso aquele rapazinho de 20 anos que acredita que vai dominar o mundo com o seu rosto bonito. É falso aquele jovem de 25 anos que “anda de janela em janela”. Tudo isso é falso! Qual desses sentimentos será o real? Só a Consciência pode lhes dar um Sentimento Real!

Não se esqueçam de que não há muita distância entre o Ser e a Consciência. A vida tem três aspectos: o Ser (Sat, em sânscrito), a Consciência (Chit) e a Felicidade (Ananda). Mas a Consciência Real do Ser, que não está muito distante do Ser em Si Mesmo, está engarrafada entre esta multiplicidade de agregados psíquicos que personificam nossos erros e que levamos em nosso interior. Só a Consciência pode nos dar um Sentimento Correto, mas esse sentimento pareceria aos outros cruel, porque estes estão engarrafados em falsos sentimentalismos que não têm nada a ver com o Verdadeiro Sentimento do Ser.

O Sentimento da Consciência Objetiva, Real, é o que importa; mas para podermos ter esse Sentimento Verdadeiro da Consciência Real e Objetiva, precisamos, antes de tudo, desintegrar os agregados psíquicos. À medida que vamos desintegrando os diversos agregados, viva personificação de nossos defeitos, a Voz da Consciência irá se tornando cada vez mais forte, o Sentimento do Ser, isto é, da Consciência, irá se fazendo sentir de forma cada vez mais intensa, e, à medida que vamos passando a sentir com a Consciência, nos daremos conta de que o Falso Sentimento do Eu nos conduz ao erro.

Mas isso é muito sutil, sumamente delicado, pois todos nós sofremos muito na vida, isso é óbvio. Temos marchado também pelo caminho do erro, o que é patético; e, em todos os aspectos de nossa vida, em cada processo, em cada instante, temos sentido aqui no coração algo, algo, algo, algo que se chama sentimento. Temos sempre considerado esse “algo” como a Voz de nossa Consciência; temo-lo considerado como o sentimento de Si, como o Sentimento Real ao qual temos obedecido, como o único que pode conduzir-nos pelo caminho certo (“reto”), etc. Mas, infelizmente, temos estado equivocados, meus queridos irmãos!

A prova de nosso equívoco é que mais tarde tivemos outro Sentimento completamente diferente, totalmente distinto, e bem depois ainda outro Sentimento também diferente; qual dos três era então o verdadeiro? Assim, temos todos sido vítimas de um auto-engano. O Sentimento do Eu sempre nos guiou, temos sempre confundido o Sentimento do Eu com o Sentimento do Ser. Temos sido vítimas de um auto-engano, e nisto não pode haver exceções, até mesmo eu marchei pelo caminho do erro quando tomei o Sentimento do Eu pelo Sentimento do Ser. Não há exceções, todos temos sido vítimas do auto-engano.

Chegar a sentir verdadeiramente, chegar a ter o Sentimento Preciso, é algo tremendo. Esse Sentimento Preciso é o da Consciência Superlativa do Ser. De qualquer modo, devemos seguir pelo caminho da Aristocracia da Inteligência e da Nobreza do Espírito. À medida que avancemos por essa senda tão difícil do Auto-Conhecimento e da Auto-Observação de Si Mesmos, de momento em momento, iremos também aprendendo a sentir corretamente. Iremos aprendendo a conhecer o Sentimento Autêntico da Consciência Superlativa do Ser.

O Ser é para nós o que conta, é o importante, e o Sentimento tem um grande papel nessa questão do Ser, um tremendo papel. Quantas vezes acreditávamos estar indo bem pelo caminho da vida, guiados pelo Sentimento vivo de uma autêntica Realidade; aconteceu que andávamos então pior do que antes porque guiados por um falso sentimento, o do Eu.

Há pessoas incapazes de desapegar-se do Falso Sentimento do Eu. Jamais! Têm uma série de “fotografias” ou imagens de Si Mesmas que não abandonariam por nada na vida, nem por todos os tesouros do mundo. Gozam com suas dores e renunciar a elas seria pior que a própria morte. As pessoas vivem se queixando e gozam com seus lamentos, jamais abandonariam suas dores. É terrível isto que estou lhes dizendo, doloroso mas verdadeiro.

Devido a um Falso Sentimento do Eu podemos perder toda uma existência íntegra. Passam-se os 20 anos, e os 30, 40, 50, os 60 e chegamos aos 80 (se por acaso chegamos, pois muitos morrem antes dos 80) com o mesmo conceito falso, o mesmo Falso Sentimento do Eu para ser mais claro, e esse Falso Sentimento que temos do Eu nos “engarrafa” completamente no Ego, e por fim morremos sem haver dado um só passo adiante.

Comumente as pessoas, ao enfrentarem a vida, não recebem as experiências diretamente na Consciência; têm muitos e terríveis preconceitos e prejuízos em sua mente. Qualquer desafio é, portanto, imediatamente escudado, recebido com algum prejuízo ou preconceito. Tudo o que ocorre na vida chega, não à Consciência, mas a toda essa multiplicidade de preconceitos que levamos dentro, a toda essa diversidade de sentimentos equivocados e contraditórios – nunca à Consciência, e, como resultado, permanecemos adormecidos por toda a vida.

Olhemos por exemplo um velho neurastênico, de 80 anos, torpe e rançoso no pensar, “engarrafado” em algum dogma. Tem um Sentimento de Si Mesmo totalmente equivocado. Quando alguma impressão (“algo”) o atinge, não toca sua Consciência; tudo o que lhe chega chega apenas à sua mente, e esta, como está cheia de preconceitos, costumes, hábitos mecânicos etc., reage então de acordo com seu próprio condicionamento – violentamente, covardemente etc.

Já viram algum ancião de 80 anos reagindo? Vocês já sabem como é, sempre as mesmas reações. Por quê? Porque tudo lhe chega à mente, não toca nunca sua Consciência, chega à sua mente e esta logo o interpreta a seu modo. A mente julga tudo segundo lhe parece, como está habituada a julgar, como crê ser verdadeiro, e o Falso Sentimento do Eu respalda essa forma equivocada de pensar. Conclusão: quem tem um Falso Sentimento perde sua vida miseravelmente.

O fato é que é preciso chegar ao Sentimento Correto, mas este é o da Consciência. Ninguém poderia chegar a ter este Sentimento Correto se não desintegrasse os agregados psíquicos. À medida que alguém desintegra seus agregados psíquicos o Sentimento Correto se manifesta. Quando a desintegração é total, também o Sentimento Correto é total.

Comumente, entretanto, o Sentimento Correto de Si Mesmo está em luta com o Sentimento Falso do Eu. É que o Sentimento Correto da Consciência está muito além de qualquer código de ética, além de qualquer código moral estabelecido por alguma religião, etc. No fundo, os conceitos morais estabelecidos pelas várias religiões resultam comumente falsos.

Como a Consciência humana está atualmente tão adormecida, foram inventados diversos sistemas pedagógicos, sociais, éticos, educativos e morais para que possamos andar pelo caminho reto, mas nada disso serve para nada. Há uma ética própria da Consciência, mas esta pareceria imoral aos santurrões das diversas correntes religiosas.

Os livros dos Paramitas do Tibet Oriental expõem uma ética que jamais se encaixaria em qualquer culto, pois é a ética da Consciência; e não estou, com isso, me pronunciando contra nenhuma forma de religião, mas unicamente contra certas formas ou armaduras enferrujadas dentro dos quais estão hoje em dia “engarrafados” a Mente e o Coração, certas estruturas caducas e degeneradas de falsa moral convencional – contra isso é que estou me pronunciando.

Nesses estudos [Gnósticos] não se trata de seguir ou de viver de acordo com certas formas petrificadas de moral; aqui o que se deve desenvolver é a capacidade de compreensão. Necessitamos constantemente avaliar a nós mesmos para descobrir o que temos e o que nos falta. Há muita coisa que devemos eliminar e muito que devemos adquirir, se é que queremos seguir o caminho certo; mas o Sentimento equivocado do Eu não permite a muitos avançar pela difícil senda da liberação; esse Sentimento Equivocado do Eu é sempre confundido com o Sentimento do Ser, e se não abrirmos bem os olhos, o Sentimento Equivocado do Eu pode fazer com que fracassemos todos na presente existência.

O Ser é o que importa, mas está muito fundo, muito profundo… Realmente o Ser em Si Mesmo é a Mônada Interior. Lembremo-nos de Leibnitz e suas famosas “Mônadas”. A Mônada em si mesma é o que chamamos Neshamah em hebraico, ou seja, Atman-Budhi. Atman… Quem é o Atman? É o Íntimo, o Ser.

Precisamente sobre isso, o livro Deuses Atômicos nos diz: “Antes que a falsa aurora aparecesse sobre a Terra, aqueles que haviam sobrevivido ao furacão e à tormenta adoraram o Íntimo, e a eles apareceram os Arautos da Aurora…”

Neshamah, ou seja, Atman-Budhi, é a Mônada citada por Leibnitz em sua “Filosofia Monádica”. Atman é o Íntimo, Budhi é a Alma Espiritual, a Consciência Superlativa do Ser; os dois, integrados, constituem a Mônada, isto é óbvio. A Mônada, por sua vez, se desdobrou na Alma Humana, que é o “Manas Superior” dos orientalistas. Essa Alma Humana é em princípio completamente germinal, mas dela, por desdobramento, resultou a Essência, que é a única coisa que os animais intelectuais têm encarnada em seu interior. Essa Essência está “engarrafada” entre os diversos agregados psíquicos que levamos dentro de nós.

Em hebraico, Neshamah é precisamente Atman, Atman em seu aspecto inefável. Budhi é Ruach, e Atman-Budhi se diz “Ruach” em geral. Nephesh é a Alma Humana ou Alma Causal, de onde precisamente deriva a Essência que cada um tem em seu interior. Essa Essência precisa ser despertada, é a parte da Consciência que temos dentro, essa Essência há que pô-la em atividade; infelizmente está adormecida, presa dentro dos agregados psíquicos inumanos que por desgraça levamos em nosso interior.

É preciso entender que, quando alguém trabalha sobre Si Mesmo, entra no caminho da Revolução da Consciência, aspira a receber algum dia seus princípios anímicos e espirituais, quer dizer, converte-se em um Templo da Mônada Interior, pois é óbvio que uma Essência desenvolvida desperta, integra-se, funde-se completamente com a Alma Humana no Mundo Causal. Muito mais tarde ainda vem o melhor: os Esponsais, o Casamento, a integração dessa Alma Humana com a Mônada; quando isso ocorre, o Mestre se Auto-Realizou totalmente.

Assim, o que possuímos, a Essência, deve ser trabalhada. Devemos começar por “desengarrafá-la”; é uma fração da Alma Humana em toda criatura e há que despertá-la, pois está adormecida em meio aos agregados psíquicos que levamos em nosso interior.

Essa Essência tem seu próprio Sentimento Correto, que é diferente, completamente diferente do Falso Sentimento do Eu. Essa Essência – com seu Sentimento – realmente emana da verdadeira Alma Causal ou Alma Cósmica; assim, o Sentimento da Essência é o mesmo da Alma Cósmica, o mesmo que existe na Alma Espiritual, o mesmo que existe no Íntimo ou Atman.

Quando alguém entra por este caminho, descobre que ingressou na Senda da Revolução da Consciência, e a Revolução da Consciência é tremenda, porque de fato traz consigo a Revolução Intelectual e a Revolução Física. A Revolução da Consciência provoca uma série de revoluções intelectuais extraordinárias e, por sua vez, como resultado, dá-se a Revolução Física.

Na Alquimia, por exemplo, fala-se na Reincrudação do Corpo Físico, na Invulnerabilidade e na Mutação. É óbvio que aquele que obteve o despertar total, aquele que atingiu a Iluminação, pode alimentar-se com a Árvore da Vida, e seu Corpo Físico pode, se assim o quiser, tornar-se invulnerável e mutante – isto pode ser conseguido mediante a Reincrudação Alquimista. Um iluminado sabe muito bem como se consegue a reincrudação.

Assim, tem-se três Revoluções em uma: a Revolução da Consciência traz consigo a Revolução Intelectual e também a Revolução Física.

Os grandes Adeptos da Consciência, esses que obtiveram realmente o despertar, são Iluminados, e muitos deles são imortais. Lembremos Sanat Kumara, o “Ancião dos Dias”, o fundador do Colégio de Iniciados da Irmandade Branca. Trouxe seu corpo físico à Terra desde Vênus. Esse Grande Mestre, havendo já transcendido qualquer necessidade de viver neste mundo, deixou-se ficar aqui para ajudar aos que seguem a Senda Pedregosa que conduz à Libertação Final. Sanat Kummara pode se submergir totalmente no Oceano da Grande Luz, mas renunciou a toda felicidade para ficar aqui conosco, e permanece conosco por Amor a nós.

Neste caminho que estamos percorrendo, é urgente compreender a forma de nos relacionarmos corretamente com nossos semelhantes; se estamos trabalhando sobre Nós Mesmos, devemos também levantar a tocha para iluminar o caminho de outros, para mostrar-lhes o Caminho, e isso é precisamente o que fazem os Missionários Gnósticos: mostrar a outros a Senda da Libertação.

No Oriente se fala claramente de dois tipos de seres que seguem esse caminho. Podemos chamar o primeiro tipo de Srávacas e Budas Pratiekas. São obviamente ascetas, sabem que o falso sentimento do Eu só pode conduzir ao fracasso. Compreendem isto, preocuparam-se em trabalhar intensamente sobre si mesmos, fizeram seus votos; alguns deles até tem diluído o Ego, mas não fazem nada pelos outros, não fazem nada pelo próximo. Esses Budas Pratiekas e Srávacas obviamente gozam de certa iluminação e alguma felicidade, mas nunca chegaram verdadeiramente a ser Bodhisatvas no sentido mais restrito da palavra.

Há dois tipos de Bodhisatvas: os que têm o Bodhisitta em seu interior e os que não o têm. Que se entende por Bodhisitta ou Bodhisitto? Simplesmente que trabalham pela humanidade à base de diversas renúncias e por Kalpas inteiros, manifestando-se nos mundos e renunciando a qualquer tipo de felicidade. Estes possuem os Corpos Existenciais de Ouro Puro, pois é isto o Bodhisitta: os Corpos Existenciais do Ser e a Sabedoria da experiência adquirida através de sucessivas eternidades.

O Bodhisitta de um Buda é na verdade um Bodhisatva devidamente preparado, que pode realizar com perfeição e eficiência todos os trabalhos que o Buda Interior lhe confiou. Poderia o Bodhisatva que realmente se desenvolveu no terreno vivo do Boddhisitta fracassar nos trabalhos que deve realizar? É evidente que não, pois está devidamente preparado.

Entende-se portanto, por Bodhisitta, precisamente todas essas experiências, todos esses conhecimentos adquiridos através das idades, os Veículos de Ouro Puro, a Sabedoria Evidente do Universo. Obviamente, o Bodhisatva, provido do Bodhisitta, se manifesta ao longo (através) de vários Mahanvantaras e finalmente vem a converter-se num Ser Omnisciente. A Omnisciência é algo que se precisa conquistar, não se “ganha de presente”; é um produto de diferentes manifestações cósmicas e de renúncias incessantes.

O Bodhisatva que possui dentro de si o Bodhisitta, ou seja, toda esta soma de Conhecimentos, Experiências e Veículos de Ouro etc., jamais se deixaria guiar por um Falso Sentimento do Eu. Mas este Falso Sentimento do Eu costuma refinar-se espantosamente. Muitos indivíduos que já obtiveram grande elevação espiritual são ainda, entretanto, vítimas do Falso Sentimento do Eu. Compreender isto é básico para a Grande Obra, é fundamental…

Todos nós temos direito a aspirar à Iluminação; entretanto, não devemos cobiçar a Iluminação. Ao invés disso, devemos preocupar-nos com a desintegração dos Agregados Psíquicos que levamos em nós; vigiar intensivamente esse Falso Sentimento do Eu, aniquilá-lo, pois pode fazer-nos estagnar, pode levar-nos ao auto-engano, fazer-nos pensar que vamos indo bem, fazer-nos acreditar que é a Voz da Consciência, quando na realidade se trata da voz do Ego.

Quero que compreendam claramente que um dia terão de fabricar dentro de si mesmos o Bodhisitta, isto é, elaborar essa experiência, elaborar esse conhecimento que o Trabalho sobre Si Mesmos lhes vai conferindo. Com tal conhecimento e experiência, vocês não falharão. À medida que vão desintegrando esses agregados psíquicos que lhes dão o Falso Sentimento do Eu, irão se alimentando com o Pão da Sabedoria, com o Pão Transubstancial vindo do Alto, pois cada vez que se desintegra um Agregado Psíquico libera-se uma porcentagem de Consciência e se adquire de fato uma virtude, um conhecimento novo, algo extraordinário…

A propósito de Virtudes, devo dizer-lhes que quem não é capaz, por exemplo, de apreciar as gemas preciosas, tampouco poderia conhecer o valor das Virtudes. Estas são em si mesmas valiosas e preciosas, mas é impossível adquirir qualquer Virtude sem haver previamente desintegrado o defeito que constitui sua antítese. Não poderíamos, por exemplo, adquirir a Virtude da Castidade se não desintegramos o defeito da Luxúria. Não poderíamos adquirir a Virtude da Mansidão, se não desintegramos em nós mesmos o defeito do Ressentimento. Não poderíamos adquirir a Virtude do Altruísmo se não eliminamos o defeito do Egoísmo.

O que importa, portanto, é que compreendamos a necessidade de eliminar nossos defeitos, pois só assim irão nascendo em nós as gemas preciosas das Virtudes. De qualquer maneira, o objetivo desta prática de hoje foi o de chamar sua atenção para o Falso Sentimento do Eu. Vocês terão que aprender a sentir a Consciência, a ter um sentimento correto da Consciência Superlativa do Ser. Essa Consciência Superlativa emana originalmente de Atman, o Inefável, ou seja, o Íntimo, o Ser…

Assim, meus queridos irmãos, aqui terminamos esta palestra. Sintam-se inteiramente livres para perguntar o que quiserem em relação ao tema.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

P.: Venerável Mestre, qual a relação entre as sensações e o sentimento?
SAW: Sensações são sensações, e podem ser positivas ou negativas. Toda sensação resulta de alguma radiação ou impressão externa. Por exemplo: temos uma sensação de dor, produzida por alguém, seja através da palavra ou de uma pancada; sobrevém então uma sensação de dor. Ou uma sensação de alegria: quando alguém nos trata bem ou aspiramos um perfume delicioso. Em todo o caso, sensações são sensações; mas o sentimento se leva no coração. É diferente, envolve o Centro Emocional, e nunca se deve confundir o Sentimento Autêntico do Ser, de Atman, da Mônada, da Essência etc. (do Ser em geral) com o sentimento do Eu. Cada Eu tem sua forma de sentimento, e comumente esses sentimentos do Eu nos levam ao fracasso.

P.: Venerável Mestre, em que idade ou etapa do desenvolvimento do indivíduo se manifestam Eus característicos, próprios dessa idade?
SAW: Certamente que isto ocorre de acordo com a Lei de Recorrência, porque, se numa passada existência, aos 30 anos de idade, tivemos uma briga num bar, o Eu correspondente àquela rixa permanece no fundo de nós mesmos, aguardando aquela idade de 30 anos para voltar a manifestar-se. Quando chegar essa idade sairá então e irá procurar um bar com o propósito de encontrar-se com o homem com quem brigou. Este fará o mesmo, e por fim se encontrarão no bar voltarão a brigar, essa é a Lei de Recorrência. E se, na idade de 25 anos, tivemos uma aventura amorosa, também na mesma idade o Eu que estava aguardando lá no fundo sairá à superfície, controlará o intelecto, controlará o coração e irá procurar a amada de seus sonhos. Ela fará o mesmo, e ambos se encontrarão para repetir a aventura. Assim, o robô humano está programado pela Lei de Recorrência. Em todo o caso, o Ser, o verdadeiro Ser, não se expressa no animal intelectual, vive normalmente na Via Láctea. O que atua neste mundo é o robô programado pela Lei de Recorrência. É preciso desintegrar o Ego e despertar a Consciência para que a Mônada, Atman-Buddhi, o Ruach Elohim que, segundo Moisés, “lavrava as águas no princípio do Mundo”, o Rei-Sol, volte a expressar-se naturalmente dentro de nós, venha à manifestação, ingresse em nossa pessoa humana. Só Ele pode fazer. As pessoas crêem que fazem e não fazem nada. Atuam de acordo com a Lei de Recorrência, são máquinas programadas, e isto é tudo!

P.: Venerável Mestre, a Segunda Guerra Mundial foi uma recorrência da Primeira?
SAW: Tudo se repete sempre, é verdade, de acordo com a Lei de Recorrência. A Segunda Guerra Mundial nada mais foi que repetição da Primeira, e a Terceira será uma repetição da Segunda.

P.: Mestre, pode explicar-nos como alguém pode acreditar haver eliminado um defeito, quando na verdade não é assim?
SAW: Sim, pode-se acreditar que se eliminou determinado defeito psicológico, mas se o Sentimento correspondente a esse Eu continua em nós significa que o defeito não foi eliminado. Assim, esse conhecimento nos dá um modo de saber se realmente eliminamos tal ou qual Eu. É um padrão de medida que nos permite descobrir se já eliminamos determinado Agregado Psíquico.

P.: Mestre, como poderia explicar-nos o fato de que o Anjo Adonai tenha Karma?
SAW: Bem, Adonai, o Filho da Luz e da Alegria, que eu saiba não tem Karma. Se demorou a eliminar algum elemento indesejável, isso já passou.

P.: Venerável Mestre, pelo que compreendi, o Karma de Adonai se devia às lembranças da Alma…
SAW: Bem, mas isto é uma conjectura, e devemos basear-nos em fatos. Não sei se Adonai tem Karma, pelo menos não fui informado sobre isso, esta é a verdade. Pelo que entendi, não tem Karma. No momento tem corpo físico e vive na Europa, é um Adepto maravilhoso, pertence ao Círculo Consciente da Humanidade Solar, que age sobre os Centros Superiores do Ser; vive como um desconhecido na Europa, na França…

P.: Mestre, há outros Kummaras além de Sanat Kummara, o Venerável Mestre?
SAW: Entende-se por Kummara todo Indivíduo Ressurrecto. Desde que ressuscite é um Kummara. Obviamente os Kummaras, assim como os Pitris, são os que ajudaram a criar, a dar vida à nossa forma física humana. Entretanto, os Agnishwatas, que são os Deuses Solares, me parecem mais interessantes que os Kummaras. O certo é que os Deuses Solares que governaram a Terra e a Humanidade da Primeira Raça voltaram para o Sol. Haviam vindo do Sol e a ele regressaram, e na futura Grande Raça Raiz voltaremos a receber a visita dos Deuses Solares. Virão do Sol, viverão em meio à humanidade e estabelecerão a Sexta Raça Raiz sobre a face da Terra. Governarão os povos, nações e línguas, são Governantes. Entre as doze constelações do Zodíaco, a constelação mais importante é obviamente a de Leão. O Sol tem seu trono em Leão. Os Deuses Solares vêm periodicamente à Terra, cada vez que se inicia uma nova Raça… Mas não nos afastemos tanto da questão que viemos examinar. Devemos ter em mente a necessidade de estudarmos um pouco mais a Nós Mesmos e dar atenção a esta questão do Sentimento do Eu. Até aqui, minhas palavras.